O Instituto Ronald McDonald quer aumentar as chances de crianças e adolescentes com câncer encontrarem a cura. Para tanto sabe que não basta agir apenas quando a doença é diagnosticada. É preciso investir numa abordagem ampla, que garanta a redução de fatores de risco*, o diagnóstico nos estágios iniciais da doença e encaminhamento para tratamento de forma rápida e em hospitais equipados e especializados.
Saiba mais sobre como atuamos antes mesmo do diagnóstico.
-
- Capacitação de profissionais da saúde para diagnóstico precoce do câncer infantil e juvenil;
O Instituto Ronald McDonald capacita profissionais das equipes da Estratégia Saúde da Família (médicos, enfermeiros, agentes da Saúde) e pediatras do Sistema Único de Saúde (SUS) a suspeitar de sinais e sintomas do câncer em crianças e adolescentes em seus estágios iniciais. O Programa Diagnóstico Precoce é uma tecnologia social desenvolvida pelo Instituto Ronald McDonald e parceiros para que os profissionais da saúde estejam preparados para suspeitar do câncer e encaminhar casos suspeitos corretamente na rede oncológica local, o que no caso de confirmação da enfermidade, possibilita o início do tratamento muito mais rápido, de forma menos invasiva e com maiores chances de cura.
-
- Investimento em Detecção do Câncer;
O Instituto Ronald McDonald investe em infraestrutura, de forma que os hospitais e centros referenciados para tratamento de câncer em crianças e adolescentes estejam equipados para fazer exames e confirmar o diagnóstico de câncer.
-
- Incidência em políticas públicas (advocacy)
Os governos federal, estadual e municipal têm suas responsabilidades para que a população tenha acesso à saúde. Desta forma, o advocacy é uma estratégia para influenciar a elaboração de políticas públicas e alocação de recursos para promoção de direitos da população: de atendimento médico, tratamento adequado, acesso à medicação, entre outros.
O Instituto Ronald McDonald adota como estratégia de advocacy sensibilizar gestores públicos de saúde (municipais e estaduais) para priorizarem a organização da rede de prevenção e controle do câncer e investirem no diagnóstico precoce e no tratamento em serviços hospitalares habilitados em oncologia pediátrica e com toda estrutura necessária para tratar com qualidade. Além disso, busca sensibilizar parlamentares sobre a importância de se investir no diagnóstico precoce, pois o tratamento do câncer nos primeiros estágios é mais barato e aumenta as chances de cura.
Alguns exemplos de ações de advocacy:
-
- Promoção de Fóruns regionais com a presença de gestores públicos
- Participação em Frentes Parlamentares
- Participação em audiências públicas
- Encontros com vereadores, deputados e senadores
* A exposição a fatores ambientais pode ser determinante para o desenvolvimento do câncer infantil e juvenil, diferentemente dos adultos. Não há uma relação clara de um fator, como é o cigarro para o câncer de pulmão.
Na primeira infância, essa exposição a fatores ambientais se dá inclusive de forma indireta, ou seja, o contato com os adultos é uma das vias da exposição. Em geral, as exposições durante a vida intrauterina são consideradas o fator de risco mais conhecido desse grupo de neoplasias em crianças e adolescentes.
Existem muitas pesquisas em curso sobre as causas do câncer infantil e juvenil. Alguns fatores de risco foram detectados ao longo destes anos, como:
- A exposição prolongada a substâncias químicas, como o benzeno – presente em produtos químicos, petroquímicos, seus derivados e cigarros. O benzeno está presente no dia a dia, em produtos como isopores, cola, tintas, refrigerantes e até no ar devido às emissões de gases de automóveis e indústrias.
- As condições genéticas, como a Síndrome de Down, que atuam como um fator de risco, pois há de 10 a 20 vezes mais chances de uma criança diagnosticada com esta síndrome ter leucemia. Pesquisas mostram também que crianças que vivem com HIV têm mais chances de desenvolver linfomas. O mesmo acontece com enfermidades como Síndrome de Gorlin, Neurofibromatose e Síndrome de Li-Fraumeni.
- Os níveis altos de radiação, como a que houve em Nagasaki (Japão) na segunda guerra mundial, podem causar cânceres. Inclusive a quimioterapia e radioterapia quando aplicadas juntas, podem aumentar os riscos de leucemias no futuro.
- A exposição dos pais a produtos químicos, determinados tipos de remédios e outros fatores ambientais ainda estão em estudo e podem aumentar os riscos de câncer em crianças.
- Algumas doenças na primeira infância como Hepatite B, Herpesvírus Humano tipo 4 (Epstein-Barr) e o tipo 8 também aumentam os fatores de risco.