Caso de sucesso, o William chegou ao contato com os programas do Instituto ao ser diagnosticado com câncer. O menino espoleta não deixou a bola baixar e foi forte do início ao fim do tratamento. Hoje, encontra-se curado e sua mãe contou a história para o nosso blog. Aproxime-se da vida do William lendo abaixo e informe-se sobre o câncer no post tudo sobre o câncer infantojuvenil.
William corre de um lado para o outro, é um daqueles meninos espoletas. E, como todo espoleta, é também a alegria da casa: quando ele está, não tem espaço para baixo astral.
Conheci William pelos olhos de Edicleide, sua mãe, que comemorava feliz o novo corte de cabelo.
“Não está mais carequinha faz um tempo, já cortou o cabelo três vezes!”
Edicleide da Silva é mãe de uma criança que teve câncer e faz parte de uma das famílias que se aproximaram da cura depois de passar pelos programas apoiados pelo Instituto Ronald McDonald.
A vida de toda a família mudou em maio de 2017, quando William contou para mãe que, junto com seu xixi, saía sangue. Assim que soube, a mãe levou o filho na emergência e voltou para casa com uma receita médica para infecção urinária.
Era véspera do dia das mães quando Edicleide se deparou com uma cena pavorosa: o sintoma voltou ainda mais forte. De novo na emergência, o médico observou todo o organismo de William e, em um exame simples de toque, percebeu o tumor no rim. Após outros exames, ficou comprovado o câncer em estágio 3.
“Nunca tinha ouvido falar de câncer em criança, quando ouvi essa palavra isso me matou.”
A urgência da mãe e o diagnóstico cuidadoso e certeiro mudaram os rumos da história da família. Na mesma semana, foram encaminhados para o GRAACC, um hospital referência que ofereceu ao William todas as chances de luta.
De lá pra cá, foram: 1 cirurgia, 32 quimioterapias, 14 radioterapias. Uma trajetória completamente nova e difícil. Acordar, ir para o GRAACC, passar os dias na brinquedoteca, na quimioteca, no Espaço da Família Ronald McDonald, deixar a escola e passar a estudar na Escola Móvel do hospital. O que não mudou foi o sorriso e a animação de William. Para as sessões de radioterapia, a mãe precisou convencê-lo a sossegar.
“Queriam anestesiá-lo para fazer a radioterapia, porque ele precisava ficar parado na maca. Convenci o médico que ia fazê-lo se acalmar para evitar mais um medicamento forte. Ainda bem que consegui.”
Medo mesmo, o menino só tinha do port, um tipo de cateter que fica por dentro da pele e que é usado para aplicar a quimioterapia. Edilcleide conta que, quando tinha que mexer no port, o choro era certo, mas fora isso, a força do seu filho impressionava.
Depois de precisar retirar um dos rins, pai e mãe revezavam na UTI para cuidar do filho, mas a mãe faz questão de reconhecer:
“O carinho das enfermeiras, o suporte para os pais e todas as estruturas do hospital foram muito importantes para manter nossa tranquilidade com o tratamento.”
Agora, William já tem todos os motivos para sorrir — e pular e correr e fazer arte —, deixou o câncer para trás e realizou o sonho de ganhar um playstation, presente que recebeu da instituição Make A Wish Brasil.
Para voltar à vida normal, só falta a escola, mas isso já está nos planos. Para a mãe, apenas uma palavra basta: gratidão.