Anualmente, o Instituto Ronald McDonald reúne tudo que foi feito no ano anterior e elabora um documento efetivo para instituição e, sobretudo, para a sociedade civil. Este relatório anual 2018 é fundamental para manter a transparência da instituição, mapear os erros e os acertos e traçar metas para o futuro.
O compromisso do Instituto Ronald McDonald com toda a sociedade reflete em referência no terceiro setor. Não à toa, está entre as 100 instituições que se destacam em transparência e gestão selecionadas pelo Prêmio da revista Época e do Instituto Doar.
Sendo assim, apresentamos mais um relatório da atividade e da causa do câncer referente ao ano de 2018.
Começando pela realidade oncológica, em 2018, de acordo com os dados mais recentes levantando pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2012 ocorreram 14,1 milhões de novos casos de câncer no mundo. Destes, cerca de 300 mil são cânceres em crianças e adolescentes entre 0 e 19 anos (Organização Mundial de Saúde). Aproximadamente 8 entre 10 crianças diagnosticadas com câncer vivem em países de média e baixa renda. E, em média, 70% das mortes por câncer ocorrem em países de baixa e média renda, pois não têm acesso a tecnologias essenciais no controle e tratamento da doença. (Cancer Incidence and Mortality Worldwide: IARC CancerBase No. 11).
No ranking mundial de renda per capita, o Brasil aparece na 77ª e é considerado um dos países com maior desigualdade social do mundo. Sendo assim, essa taxa de incidência do câncer deve sempre ser um norte frente a realidade do país em vivemos.
Falando em Brasil, pelo menos um novo caso de câncer em criança ou adolescente surge a cada hora no Brasil. A chance média de sobrevivência à doença é estimada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) em 64% Porém, as chances não são as mesmas em todas as regiões do país. Conforme o levantamento feito pelo Inca, enquanto as chances médias de sobrevivência nas regiões Sul são 75% e na região Sudeste são 70%, nas Região Centro-Oeste, Nordeste e Norte elas são 65%, 60% e 50% respectivamente.
Embora esses números ainda estejam aquém do ideal, é preciso reconhecer que muito se avançou nos últimos anos. Na década de 80, as chances de cura do câncer em crianças e adolescentes girava em torno de 35%, hoje já possível chegar até a 85% de sobrevida quando diagnosticado precocemente.
20 anos de trabalho do Instituto Ronald McDonald
O relatório de atividades também é uma ferramenta de esperança. Com frequência, nos deparamos com grandes passos dados rumo ao nosso maior objetivo: promover qualidade de vida e tratamento para crianças e adolescentes com câncer.
Mais uma vez não é diferente, o relatório nos traz muito motivos para sorrir e nos aponta direções claras para seguir. Há muito trabalho a ser feito e nós sabemos onde é como fazê-lo.
Por meio dos programas do Instituto Ronald McDonald e das parcerias de atuação pela causa, foi possível oferecer cerca de 95 mil atendimentos em todo o Brasil. Além disso, o número estimado de voluntários frequentes nas ações das instituições parceiras foi de 1226 e 3535 profissionais de saúde envolvidos nos projetos que o Instituto apoia.
Um trabalho realizado por muitas mãos e que beneficiou crianças, adolescentes e suas famílias em diversos aspectos, desde estadia próxima ao tratamento, através do Programa Casa Ronald McDonald, até o desenvolvimento de políticas públicas pelo programa Atenção Integral.
Sendo assim, conheça os dados de cada Programa:
Diagnóstico Precoce – Balanço 2008 a 2018
- Municípios onde houve capacitação: 204
- Profissionais capacitados: 26.306
- População infantojuvenil (0 a 19 anos) impactada nos municípios alcançados (beneficiados indiretos): 10.962.699
Programa Atenção Integral – Balanço 1999-2018
- Valor investido: R$ 298 milhões de reais
- Projetos apoiados: 1490 Número de instituições parceiras: 108 instituições que fizeram parte do cadastro
- Número de instituições parceiras em 2019: 65 instituições, 06 são Casas Ronald McDonald, 20 Casas de Apoio, 12 Instituições de Apoio, 17 Hospitais e 10 Instituições que gerenciam Hospitais.
- Número de atendimentos: 400 mil atendimentos em 20 anos
- Número de atendimentos por meio do Programa Atenção Integral em 2018: cerca de 28 mil
Programa Casa Ronald McDonald (dados de 2018)
São seis unidades no Brasil: Rio de Janeiro, ABC, São Paulo Moema, Campinas, Jahu e Belém.
- As Casas Ronald McDonald atendem cerca de 20% da demanda de pacientes do SUS no Brasil. Ou seja, 1 em cada 5 crianças atendidas pelo SUS se beneficia deste programa.
- Taxa de ocupação média de 76%
- 537 mil refeições servidas
- 17 mil viagens de ida e volta ao Hospital
- Média de tempo de estadia é de 37 dias, o que significa uma economia de cerca de 9 mil reais por mês para famílias cujas crianças estão em tratamento fora de suas cidades de origem.
Programa Espaço da Família (dados de 2018)
São seis unidades no Brasil, no interior de hospitais referência nas cidades de Sorocaba (SP), Barretos (SP), Curitiba (PA); Cuiabá (MT); Brasília (DF) e São Paulo (SP).
- Total de pessoas atendidas (pacientes e acompanhantes): 57.307
- Taxa de ocupação média de 83%
- Lanches distribuídos: cerca de 24 mil
2018: um ano para se reinventar!
Se fosse para olharmos pra trás e pensar o que mais aprendemos em 2018, sem dúvida, falaríamos sobre resiliência. A habilidade de se adaptar às condições sociais e econômicas que toda a sociedade brasileira enfrentou e, não diferente, foi sentida pelo Instituto Ronald McDonald.
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