Todo nós, pais e mães, temos um problema sério, reconheço: Estamos sempre colocando nossos filhos sobre tudo e todos, pois eles são a maior expressão do nosso amor incondicional. Hoje, entretanto, não quero falar sobre sse amor. Quero falar sobre o amor por nós mesmos.
Em muitos momentos por mais dedicação, amor e disponibilidade que tenhamos, precisamos pensar que nós também devemos ter nosso espaço, nossos momentos e temos que nos amar. Mas quem disse que esse equilíbrio seria fácil na maternidade? Quem disse que a maternidade é fácil?
Trata-se de uma lição dura, muitas vezes difícil de assimilar, mas extremamente importante para todas nós. E as mães que lutam com seus filhos pela cura do câncer infantojuvenil aprendem isso muito bem.
Enfrentar a doença que mais mata crianças e jovens de 0 a 19 anos no Brasil não é para qualquer um. Nesse caminho desafiador, é preciso tanta sensibilidade quanto força, tanto cuidado quanto atitude, tanto amor quanto firmeza.
Para equilibrar tudo isso, além de muita superação, temos que nos lembrar diariamente da autoestima.
E tenho mais certeza disso a cada vez que converso com uma mãe que recebe apoio psicossocial por meio dos programas e projetos do Instituto Ronald McDonald, como o Espaço da Família Ronald McDonald, ou na Casa Ronald McDonald.
Diria que conseguir compreender e filtrar as próprias emoções nos momentos mais angustiantes, deixando o espaço um pouco mais livre para a razão, é o primeiro passo para fortalecer a autoestima.
Dessa forma, a gente se concentra no que deve ser feito – inclusive em benefício de nós mesmas. Aquela regra básica, que costumamos esquecer: como conseguir ajudar o outro se não estamos bem?
Lembre-se que você é uma pessoa, seu filho ou sua filha é outra. Ainda que o amor seja infinito, ambos merecem atenção. Por isso, não se esqueça de você.
Gostou deste texto? Que tal ler tudo sobre o bem-estar de crianças e adolescentes com câncer?