Coletivos: um jeito inovador de fazer a diferença

Nossa sociedade vem passando por uma transformação intensa e rápida. A forma como nos relacionamos mudou drasticamente nos últimos anos. Se você nasceu antes dos anos 2000, provavelmente, deve se lembrar como as pessoas conseguiam se comunicar. Os recursos eram bem mais lentos, e muitas vezes se restringiam a telefones residenciais ou cartas.


Hoje em dia, pessoas de lugares muito diferentes podem estar conectadas e até mesmo se vendo como se estivessem frente a frente. Essa dinâmica influencia muito na maneira como as pessoas trabalham juntas, e dessa facilidade se originaram os coletivos.

Já ouviu falar?

Coletivos são novas formas de organização para quem tem em comum o interesse por alguma realidade. Eles podem abranger qualquer assunto, o que importa na sua estrutura é a conexão entre os membros participantes e a causa que as une.

Existem coletivos políticos, artísticos ou sociais. Seu diferencial para outros grupos organizados é que a horizontalidade é premissa básica. Geralmente, a hierarquia funciona mais a cargo organizacional, de forma que o direito à voz, fala e voto são iguais para todos.

A colaboração é o ingrediente que faz tudo acontecer. Cada membro soma sua própria experiência de vida ao processo de construção do coletivo. Esse é um ponto muito importante, pois é o que rege a pluralidade característica dos grupos.

As causas podem ser as mais variadas e os objetivos aos quais se destinam também. Entretanto, muitas vezes, eles se organizam em prol de melhorias e avanços para grupos amplos de pessoas.

Um movimento para todos

Grande parte dos coletivos dedicam tempo e disposição para mudar a realidade de algum grupo específico. A atuação desses movimentos tem causado uma imensa transformação em nossa sociedade e melhorado as condições de vida de muitas pessoas.

Os coletivos feministas, por exemplo, colocam em pauta a igualdade de gênero e o direito das mulheres. Seu desempenho vem mudando a forma como toda nossa sociedade enxerga a mulher. Leis importantes, que debatem assédios sexuais, diferenças salariais e violência doméstica, estão ganhando cada vez mais força a partir da atuação desses coletivos de mulheres.

Por trazerem benefícios para toda a população, os coletivos têm ganhando respeito e apoio da comunidade em geral. Eles ganham voz, inclusive, nas decisões políticas que regem o país.

Mudando vidas

O despertar das pessoas para a construção de valores coletivos é um reflexo da percepção globalizada do papel que cada cidadão exerce no futuro das cidades, dos países e do mundo. A chamada micropolítica.

Com a facilidade do acesso à comunicação, muitos de nós se viu inserido em um grande universo. Logo, a conscientização deste todo estimulou uma maior participação, e, sobretudo, a ideia que uma simples atitude pode fazer revolução.

Esse é o sentimento que move as ações do Instituto Ronald McDonald. Cada projeto que beneficia crianças e adolescentes com câncer é fruto da iniciativa de pessoas comuns que enxergam na doação ou no voluntariado uma ferramenta potente de mudança.