Quando uma criança chega, toda a família se mobiliza para ajudá-la na construção da sua história e da sua felicidade. Grande parte dos pais querem deixar para os seus filhos um bem precioso: a educação. E é nesse setor que o Escola Móvel atua.
Dia 08 de setembro é o Dia Mundial da Alfabetização, uma data muito importante para refletir sobre o futuro. É o momento de toda a nossa sociedade lembrar da importância de priorizar políticas públicas que valorizem e incentivem os estudos. Sobretudo, estimular que a educação seja um direito garantido a todos.
Você já pensou como uma criança que enfrenta um longo e doloroso tratamento de saúde mantém os pés firmes nos estudos?
O projeto Escola Móvel se preocupou exatamente com isso.
A Amália Covic, coordenadora do projeto Escola Móvel, conta como a ideia surgiu e é possível ensinar dentro da realidade de um hospital grande e movimentado como o GRAACC (Grupo de Atendimento ao Adolescente e a Criança com Câncer), em São Paulo.
“Quando nós pensamos na Escola móvel, pensamos em uma escola que se adequasse às demandas do hospital. Foi assim que a gente entendeu que uma aula tradicional não funcionaria. Por isso, o aluno é atendido onde ele está, seja na sala de quimioterapia, na brinquedoteca ou no quarto. O aluno é ensinado onde estiver para o seu tratamento clínico.”
Uma iniciativa como a Escola Móvel supre a ausência do que é essencial, mas que meio a tantas preocupações, acaba ficando em segundo lugar. Crianças e adolescentes com câncer passam longos períodos, meses ou até anos, em tratamento. Rotina de hospital, médicos, exames e medicamento. Sem contar aqueles que viajam quilômetros para buscar atendimento em outras cidades e se hospedam em casas de apoio como a Casa Ronald McDonald.
Ou seja, o abandono escolar, muitas vezes, é só mais uma consequência.
A Escola Móvel funciona como um braço da escola de origem. Amália explica que tudo é feito de forma a dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelo colégio que a criança frequentava. Por isso, a parceria e o diálogo entre as instituições são indispensáveis no processo.
São muitos obstáculos!
Os educadores lidam com muitos detalhes que fazem parte do dia a dia de um tratamento oncológico. O aprendizado, por exemplo, passa pela questão emocional de cada paciente.
“As atividades acontecem a partir da percepção que o professor tem sobre o emocional do aluno. Existe um cuidado com os sentimentos dessa criança e adolescente que pode estar passando por um medicamento mais forte, uma alta que foi adiada, um retorno inesperado ou uma notícia frustrante.”
– contou Amália Covic.
Motivação!
A Escola Móvel é a evidência de que pensar sobre educação e câncer infantojuvenil são dois grandes desafios. Desafios que o Instituto Ronald McDonald compra e luta por. Uma mudança que só será possível com o investimento e o apoio de toda a sociedade na construção de um amanhã de cura e sucesso para crianças e jovens.