De uns anos pra cá, as mulheres têm reivindicado um novo olhar sobre o feminino. Ser mulher, agora, não deve ser mais sinônimo de destino traçado, padrão estabelecido ou comportamento submisso. Logo, se a mulher já não é mais a mesma, consequentemente, a maternidade também não é.
De acordo com dados levantados pelo IBGE, as mulheres trabalham quase 3 horas a mais que os homens devido à dupla jornada. Isso na soma total. Já quando analisada sob a ótica das tarefas domésticas, em média, a mulheres dedicam o dobro de horas semanais do que os homens, sendo 21,3 horas para elas e 10,9 para eles. Ou seja, além de batalhar pelo sucesso profissional, elas ainda se sentem responsável pelo lar, sobretudo, pelos filhos. E principalmente, pelo filhos. 83,6% das crianças até 4 anos têm como primeira responsável uma mulher, seja ela mãe, mãe adotiva ou madrasta.
Tudo isso diz muita coisa sobre ser mãe mulher na sociedade em vivemos. Se a mulher conquista seu espaço na rua, reivindica salários iguais e luta pelo direito à segurança, em casa, essa autonomia ainda segue invisibilizada.
Ser mãe no Brasil é ser a primeira a acordar, a última a dormir e o nome mais chamado.
Nos Dias das Mães é natural que todos queriam homenagear, falar e agradecer essas mulheres, mas será que estamos falando o que elas querem ouvir?
Um diálogo que, mais do que nunca, precisa passar pela autocrítica.
Afinal, o jeito como defendemos e valorizamos nossas mães no dia a dia é a melhor forma de deixá-las felizes? Será que nossa atitude, nesta época, é meramente comemorativa ou é sólida em todos os dias do ano?
Se interessou pelo assunto? Veja mais no post que o Google preparou sobre mães.
Nossas mães reais!
Tem sido cada vez mais comum relatos de mães descrevendo a maternidade sob um viés pouco mostrado. Essa perspectiva está tentando dizer que a maternidade é uma período da vida extremamente lindo e transformador, mas também difícil e duradouro.
Ser mãe é sim amar incondicionalmente, mas também é sentir falta de ter um momento só para si. É doar todas as suas prioridades, mas também sentir saudade da liberdade. É amar as fotos da gravidez, mas enlouquecer com todas as mudanças ao mesmo que acontecem sem nenhum controle. É, sobretudo, lutar pelo bem daquele ser, mas também lutar por si mesma.
Viver a maternidade é um caminho sem volta. Uma mulher ao se tornar mãe não deixa de ser quem ela é. Nem de sentir os prazeres que ela sentia. Muito menos deixa de ter as mesmas obrigações. Ela soma a sua já atarefada rotina, a missão de gerar, criar, ensinar, alimentar, vestir, advertir, curar, um filho.
A maternidade também é dor
Aqui no Blog do Instituto Ronald McDonald já passaram muitas histórias de mães reais. A Ana Paula, mãe do Arthur, a Joyce, mãe da Heloísa, a Edicleide, mãe do William, a Renata, mãe da Rafa e tantas outras.
Todas elas, não apenas somaram uma nova rotina a sua vida, como precisaram reunir forças para lutar pela vida dos filhos. Uma batalha muito longe de ser fácil, uma esperança muito longe de ser natural.
Muitas delas desistiram por alguns segundos, se culparam por dias, se cansaram por meses, e abandonaram por completo suas próprias vidas.
Isso não é apenas genuíno, é doloroso, é sacrificante, é real.
Ser mãe não foi e nunca será fácil, mas nesses Dias das Mães, se você faz parte da rede de apoio de alguma mãe, troque o reconhecimento por uma atitude concreta. Estenda sua mão, ofereça para a mãe que você admira um tempo de cuidado para ela mesma.
Para inspirar!
Neste mês de maio, aqui no Blog, lançaremos a série “Mães Guerreiras”, contando histórias de mães que fazem dessa missão um ensinamento para todos nós. Inunde seu coração acompanhando a coragem dessas mulheres de zelar por esse amor incondicional.
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