Hoje em dia, o câncer é a segunda principal causa de morte entre adultos e crianças no mundo (OPAS/OMS).E ao falar sobre câncer é preciso compreender que se trata de um grupo diverso de doenças com um aspecto em comum. São patologias caracterizadas pelo crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos.Vamos falar sobre um tipo não muito comum: o tumor germinativo. Saiba mais sobre o tema no post tudo sobre o câncer infantojuvenil.
Tumores germinativos: disfunção de produção das células reprodutivas
Os tumores germinativos são disfunções benignas ou malignas. Como o próprio nome diz, afetam as células germinativas, aquelas que dão origem aos espermatozóides e óvulos. Eles podem surgir dentro das gônadas, que nos homens são os testículos e nas mulheres os ovários. No entanto, eles também podem aparecer fora delas e, neste caso, são chamados de extragonadais.
Os tumores de células germinativas representam 3,3% dos tumores malignos em crianças e adolescentes, sendo considerados raros na infância. Já na adolescência os tumores ovarianos e testiculares costumam ser mais presentes chegando a representar 14% dos tumores malignos dessa faixa etária.
Como identificar os primeiros sintomas?
Para perceber os sinais da doença vai depender muito da localização exata do tumor. Por atingir órgãos sexuais, a dor se concentra na região abdominal, podendo ser crônica ou aguda, o que acaba sendo facilmente confundido com outras doenças mais simples e comuns. Todavia, outra observação característica da doença é a puberdade precoce e uma massa palpável na região afetada. O quadro completo desses sinais deve ser um alerta vermelho para a procura de assistência médica.
Quais os tipos mais comuns?
Como já falamos, as células germinativas são células que dão origem aos gametas sexuais do organismo humano. Entretanto, elas também podem se estabelecer em lugares diferentes pelo corpo que não necessariamente nos órgãos reprodutivos. Não é o curso normal do desenvolvimento, mas podem ocorrer em parte do tórax, entre o peitoral e a coluna, o cóccix, abdome e pelve. Alguns podem surgir ainda no sistema nervoso central, mas esses casos são mais raros.
Em 90% dos casos de câncer de testículo a anomalia ocorre em células germinativas, e existem diversos subtipos da doença. Alguns são seminomas, não seminomas – frequentes na adolescência – ou carcinoma in situ, e todos esses ainda possuem outras subdivisões.
Da mesma forma, as células germinativas no organismo feminino se dividem em tipos mais comuns. Teratomas, disgerminomas, tumores do seio endodérmico e coriocarcinomas são alguns deles. E a doença maligna pode ser uma mistura de mais de um subtipo.
Quais os tipos de tratamento?
Toda essa variedade de subtipos e combinações faz com que seja necessário traçar estratégias de tratamento individualizadas. A abordagem medicinal deve levar em consideração a origem, idade, tipo histológico, além da ressecabilidade e estadiamento que são análises de comportamento do tumor.
Em grande parte dos casos, a cirurgia acaba sendo a base do tratamento, principalmente em tumores de fase inicial. Todavia, a quimioterapia pode ser recomendada em casos de tumores avançados ou como complemento da cirurgia.
A boa notícia é que o avanço no tratamento fez com que pacientes diagnosticados precocemente tenham resultados bem positivos. Levantamentos apontam que a doença maligna pode chegar até 90% de sobrevida. O diagnóstico precoce é uma das ferramentas mais importantes para a redução de mortes causadas pelo câncer. É buscando atuar efetivamente nesses índices que o Programa Diagnóstico Precoce, do Instituto Ronald McDonald, já capacitou cerca de 26 mil profissionais da saúde para identificar os primeiros sintomas do câncer infantojuvenil.
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