O que é uma UTI pediátrica?

Todos nós já passamos por um hospital em algum momento das nossas vidas, seja para visitar alguém, fazer um tratamento ou até mesmo para realizar uma consulta de rotina. Nele, geralmente há um espaço específico para tratamentos intensivos. Essa é a UTI e é sobre ela que falaremos aqui.


No entanto, se você não trabalha em um, provavelmente conhece pouco sobre aquele universo e todos os recursos que lá existem. Por exemplo, já se perguntou o que é uma UTI pediátrica?

Em se tratamento de hospitais, é comum se deparar com termos desconhecidos que possam instigar curiosidade ou preocupação. A UTI (Unidade de Terapia Intensiva) é um desses nomes, especialmente porque aparece com frequência no tratamento de várias enfermidades.

Por isso, o momento da internação na UTI pode despertar inseguranças e ansiedades. Acreditamos que isso acontece principalmente por causa do desconhecimento sobre sua função, gerado também pela possível falta de comunicação entre o corpo médico e a família.

Estamos aqui para ajudar você a desmistificar esse ambiente e entender sua importância dentro de um ambiente hospitalar.

O que é uma UTI Pediátrica

A primeira coisa que você precisa compreender é que, de fato, a UTI é um ambiente mais restritivo e que requer atenção redobrada. Entretanto, esta internação não necessariamente simboliza um agravamento nas condições clínicas do paciente: ela também pode ter um papel paliativo.

É o que acontece em alguns tratamentos pediátricos. No caso do câncer infantojuvenil, é possível que crianças e adolescentes tenham que passar por uma UTI pediátrica. Nesta condição, algumas orientações podem informar e tranquilizar a família.

Arquitetura hospitalar

Você sabia que até mesmo a localização da UTI é estratégica para garantir atendimento rápido? A projeção de uma Unidade sempre leva em consideração a proximidade com elevadores, ao atendimento de emergência, às salas cirúrgicas e, de preferência, à facilidade de acesso ao setor laboratorial e radiológico.

Por se tratar de um ambiente para atendimentos constantes ao longo de 24h, elas são construídas como quartos fechados, com pelo menos uma parede de vidro que facilite a observação dos pacientes.

Para garantir a estabilidade necessária para a recuperação do paciente, também precisam ser isoladas acusticamente e a entrada de pessoas é minuciosamente fiscalizada.

Só é possível acessar uma UTI pediátrica após alguns procedimentos: colocar avental, higienizar as mãos e proteger os pés são regras que evitam infecções hospitalares.

Essas são algumas das obrigações estruturais para engenharia de uma Unidade de Tratamento Intensivo. Essas normas de regulamentação são fundamentais para que nenhuma falha coloque em risco a vida do paciente.

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Inauguração UTI Pediátrica do Hospital de Câncer de Mato Grosso, apoiada pelos recursos do Instituto Ronald McDonald

Direitos da Criança e do Adolescente

É um direito da criança e do adolescente, garantido pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), ter um acompanhante durante a internação, podendo ser qualquer um dos pais ou outro responsável.

Na ausência dessa possibilidade, a família deve recorrer aos esclarecimentos da equipe médica para que seja ponderado os riscos e os benefícios, tendo a oportunidade de lutar pela cura do câncer.

É reconhecida a importância da presença de pessoas queridas, pais e responsáveis durante o processo de recuperação da criança. Por isso, a maioria dos hospitais cedem acomodação, alimentação, telefone público e até mesmo acesso às casas de apoio próximas ao hospital.

Embora parecidos, cada hospital segue um regimento próprio para circulação nas UTIs. Por isso, procure estar sempre em acordo com a equipe médica e administrativa.

Desafio para encarar de frente

UTIs que atendam crianças e adolescentes com qualidade com câncer ainda é um desafio. O Instituto Ronald McDonald se dedica diariamente para mudar esta realidade. Que tal conhecer os avanços no tratamento oncológico pediátrico no Brasil?