Quando o diagnóstico de uma doença chega, vem com ela uma lista de exames, medicamentos e procedimentos que antes eram desconhecidos do vocabulário. Talvez UTI e Quimioteca soem como sinônimos, porém não são. Explicaremos a diferença entre estes espaços aqui.
O câncer é uma dessas doenças que trazem terminologias bem específicas. Muitas delas se renovam constantemente, porque as pesquisas e os avanços tecnológicos são atualizados na busca pelo melhor tratamento.
Por isso, quando um filho pequeno recebe o diagnóstico do câncer infantojuvenil, uma enxurrada de dúvidas passam a fazer parte da vida dos pais. Infelizmente, a desinformação acaba gerando ansiedades e sofrimentos que desestabilizam de forma desnecessária a família e o paciente.
Para a oncologia, etapas como a quimioterapia e as internações em UTIs ainda são muito estigmatizadas, o que pode refletir diretamente no tratamento. Por isso, vamos explicar um pouquinho mais a diferença entre esses dois momentos.
Você sabe a diferença entre UTI e Quimioteca?
A UTI, Unidade de Terapia Intensiva, como o próprio nome diz, é um centro de tratamento focado nos pacientes em estados graves ou que precisem de monitoramento constante até que o corpo se estabilize.
O tratamento intensivo existe justamente para dar todas as condições de recuperação necessárias ao paciente. Você pode saber mais lendo em nosso blog o texto “O que é um UTI?“.
Já a Central de Quimioterapia é um lugar exclusivo para quem enfrenta o tratamento do câncer. Sobre ela, a primeira coisa que você precisa saber é que se trata de um tratamento com medicamentos que agem diretamente na células que formam o tumor.
Seu uso gera diversos efeitos colaterais, como: queda dos cabelos, náuseas, enjoos e tonturas. A ocorrência de cada um deles varia de organismo para organismo e até mesmo da combinação de medicamentos.
Além disso, a evolução das drogas utilizadas tem evitado alguns deles para parte dos pacientes, o que, por si só, é um sucesso da medicina. Afinal, até mesmo a temida queda dos cabelos já não é mais uma regra.
São avanços como esses que mudam os rumos das possibilidades de tratamento, sem excluir a necessidade de cuidado e atenção para quem está enfrentando esta opção.
É por isso que, assim como na UTI, crianças e adolescentes têm direito ao acompanhamento dos pais ou responsáveis durante o processo.
Humanização de hospitais como um diferencial
Em muitos hospitais oncológicos infantis, a central de quimioterapia ganhou o nome de quimioteca. Isto é, a sala onde as crianças recebem a medicação ganhou uma cara nova, mais colorida e lúdica. Uma mudança simples que atenua, sobretudo, o desgaste emocional da luta contra o câncer.
No GRAACC, por exemplo, as crianças recebem até aula por meio do projeto Escola Móvel. Enquanto a medicação é aplicada, professores conversam e estimulam a continuidade dos estudos para esses pacientes. Essa ação motiva a criança e o adolescente a acreditar que é apenas uma fase e que, em breve, sua vida normal será retomada.
O câncer ainda é uma doença carregada de uma simbologia negativa. Mesmo com o aumento nos números da cura, o diagnóstico é enxergado com uma sentença de morte.
Nesse sentido, a humanização dos ambientes cumpre um papel extremamente importante para o equilíbrio das condições emocionais e que, já comprovado, afeta na evolução da doença e no sucesso do tratamento.
Informe-se sobre o câncer infantojuvenil e saiba como lidar com a doença sem desespero.