Growth: uma cultura capaz de potencializar a geração de receita das ONGs e o seu impacto social

A limitação de orçamento para investir em novas iniciativas de captação de recursos é uma das principais dores de uma ONG. Afinal, angariar recursos não é tarefa fácil e experimentar o risco de investir em novas ações sem a garantia de retorno é sempre um desafio para os profissionais da área.

Assim como as empresas, as ONGs também precisam gerar receita de forma sustentável. O fato de as organizações serem ‘sem fins lucrativos’ não reduz em nada o desafio diário de conseguir recursos para a manutenção de suas estruturas e principalmente dos projetos que beneficiam à sociedade.

Mas como descobrir novos caminhos sem poder testar vias diferentes?

Uma das experiências mais ricas que pude vivenciar na startup em que atuei foi justamente a importância de constantemente testar novas ideias, falhando, testando de novo, aprendendo, acertando e finalmente ganhando escala e crescendo. Essa é a mentalidade de Growth, comum no dia a dia das startups, mas que é aplicável a qualquer negócio, inclusive em ONGs.

O que é Growth?

Há pessoas que definem Growth (crescimento) como uma estratégia ou metodologia, focada na performance principalmente através de mídias pagas. Eu prefiro a linha que o define como uma cultura que permeia toda uma organização. Não é uma área, não é uma pessoa, mas sim um time inteiro buscando a melhoria contínua de seus processos e ações, já que o crescimento de um negócio é impactado por diferentes fatores.

Quando olhamos, por exemplo, a jornada de aquisição e retenção de um novo doador, todos os aspectos dessa experiência envolvem diferentes áreas da organização, não só o time de captação de recursos, mas também comunicação, financeiro, jurídico, projetos, atendimento, etc. A integração de todas as áreas nesse processo é fundamental para que a experiência do doador seja especial, tornando-o um embaixador da organização e da causa.

Na prática

No Instituto Ronald McDonald, a diversificação das fontes de captação de recursos sempre foi praticada, com a busca de novos negócios e oportunidades de crescimento das ações existentes.

Um dos meus objetivos na liderança da área de Parcerias Estratégicas & Relacionamento – antiga área de Mobilização de Recursos – será contribuir com o time para que possamos potencializar a mentalidade de experimentação, gerando um ciclo positivo de criatividade, testagem, aprendizagem e melhoria contínua de nossas iniciativas. Assim vamos identificar as potencialidades e trazer a escalabilidade para alcançar os resultados e metas propostos e esperados.

Um ponto essencial é que em todo esse processo é importante não só estar disposto a testar novas ideias, mas também entender que nem sempre elas serão bem-sucedidas de imediato. Aprender com os erros e usar essas experiências para melhorar é a chave na cultura de Growth.

Além disso, fortalecer a análise de dados e métricas para medir o desempenho e avaliar o impacto das iniciativas, identificando com agilidade o que está funcionando e o que precisa ser ajustado. Assim, através de metodologias ágeis e de um processo de decisão rápido, podemos potencializar as iniciativas eficientes e os resultados alcançados.

Utilizar este benchmarking das startups sobre a cultura de Growth nos ajudará a potencializar a geração de receita do Instituto Ronald McDonald, possibilitando que mais famílias sejam acolhidas no momento mais delicado de suas vidas. 

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Por Mariana Gomes, Gerente de Parcerias Estratégicas e Relacionamento do Instituto Ronald McDonald