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Exame, hospital, medicação, repouso…detalhes de um cotidiano comum para quem lida diariamente com a realidade oncológica. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), uma a cada seis mortes, entre adultos e crianças, estão relacionadas à doença. Uma questão emergencial que levou estudiosos a enxergarem nos jogos um recurso terapêutico eficiente para a promoção de bem-estar e saúde para esses pacientes.
Quebrar essa rotina de tratamento é um enorme desafio. Junto com o diagnóstico vem uma lista de novas prioridades, uma infinidade de obrigações e uma corrida angustiante contra o tempo. Um verdadeiro divisor de águas na história de milhares de famílias.
Passar por todas as etapas do tratamento é um imenso aprendizado em qualquer idade, mas quando se é criança ou adolescente esta fase pode ser ainda mais marcante. É um caminho turvo onde as descobertas da infância se misturam aos amadurecimentos da vida adulta.
É fato que cada indivíduo vivencia esta trajetória de um jeito, mas alguns sentimentos são mais presentes do que outros, e o desânimo é um deles. Neste período, é normal que os pacientes fiquem mais introspectivos, frustrados e se afastem de atividades prazerosas como ir a escola, brincar com os amigos ou passear.
Pensando nisto, empreendedores e profissionais da saúde buscam alternativas que amenizem essas aflições. Recentemente, os jogos apontaram uma direção efetiva em diversas etapas do tratamento.
Aqui no blog nós já falamos sobre livros, filmes e desenhos que também ajudam muito, e, hoje, vamos apresentar alguns projetos que utilizam os jogos como aliados.
Que as tecnologias transformaram nossa forma de viver todo mundo já percebeu, mas o que poucos sabem é que elas também ajudam pacientes com câncer a enfrentarem a doença através da diversão.
É assim que os jogos entraram para a vida de muitas crianças e adolescentes que estão desafiando o câncer infantojuvenil. As atividades são frutos de projetos experimentais que buscam não só entreter como também auxiliar os pacientes a compreender o turbilhão de emoções que permeia esta doença.
Chamada de gameterapia, o recurso é usado muitas vezes como equipamento restaurativo de funções motoras. Alguns tipos de câncer afetam órgãos, membros e regiões debilitando os movimentos, e os jogos atuam revertendo essas disfunções. Para isso, foram desenvolvidos games que estimulam a interação por meio da ativação e readaptação muscular
Essa metodologia age de maneira complementar à fisioterapia, que acaba sendo rejeitada pelos pacientes por se tratar de uma atividade monótona e de caráter clínico. Já esses jogos podem alcançar resultados semelhantes ou adicionais de forma lúdica e atrativa para o paciente.
Outra forma que médicos e psicólogos encontraram de aproveitar os benefícios dos jogos foi tentando quebrar a barreira do silêncio. Muitas crianças e adolescentes sofrem de ansiedade, estresse ou depressão ao longo do tratamento. Na maioria dos casos, nem mesma a família consegue romper com o estigma da tristeza e da morte associada ao câncer, fazendo com que o percurso consequente seja o isolamento e o padecimento do paciente.
Um projeto lançado pela Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatia (Abrace), em parceria com o Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), dispõe de jogos eletrônicos e analógicos em que o paciente e suas famílias interagem com as plataformas expondo, de forma engraçada e divertida, o seu estado emocional.
A iniciativa busca contribuir com a compreensão e o enfrentamento da doença, assim crianças, adolescentes e suas famílias passam a entender a doença como um processo temporário e com grandes chances de um desfecho feliz.
A Assistente social Tânia Mara Lopes Bitti Bortolini, que faz parte do Núcleo de Trabalho em Onco-hematologia do Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória, conta que a preocupação com o enfrentamento da doença e da hospitalização também tem mobilizado a parceria entre o Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória (HINSG) e a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), que desenvolveram um instrumento chamado AEH – Avaliação do Enfrentamento da Hospitalização, com telas ilustrando diversas formas de enfrentar a hospitalização. A característica lúdica e computadorizada, com um personagem principal que convida a criança a compartilhar suas experiências, tem se mostrado capaz de ajudar a criança a compartilhar suas emoções, pensamentos e comportamentos. Atualmente, com o financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (FAPES), foram adquiridos tablets para a atualização do instrumento, em uma versão digital.
E aí, o que achou desses iniciativas? Ideias e projetos como esses só são possíveis com o envolvimento e apoio de toda a sociedade na disposição em mudar a realidade de quem encara este grande desafio.
Nos últimos 20 anos, o Instituto Ronald McDonald também pode ser esse agente transformador. Aproveite esta leitura e conheça alguns dos nossos projetos inovadores!
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