A história de Mariele é muito especial, pois ela foi uma das primeiras crianças a usufruir da Casa Ronald McDonald Belém, uma casa de apoio feita com muito carinho para receber pacientes que chegam à capital do Pará para tratamento. Vale lembrar que, segundo dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer), a região norte é onde estão os menores índices de cura do Brasil, devido principalmente à falta de infraestrutura.
Quando tinha apenas três aninhos, a Dona Marlene, mamãe da Mariele, notou que a filha estava apresentando alguns sintomas estranhos de alguma doença desconhecida: falta de apetite, sonolência fora do normal, hematomas pelo corpo sem causa aparente e febre.
Ela procurou ajuda para descobrir o que estava acontecendo com sua filhinha. Nos exames, notaram que as defesas da Mari estavam muito baixas e com um pouco mais de investigação chegaram ao diagnóstico de leucemia.
Naquela época, a Casa Ronald McDonald ainda não estava pronta, então Mariele e Marlene vinham de Ananindeua e ficavam na casa de conhecidos, pois não tinham parentes em Belém. O tratamento teve momentos de muita angústia: a menina teve várias intercorrências, chegando a ficar internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Em 2012, Mariele foi a quinta criança a dar entrada na Casa Ronald McDonald Belém. Já com quatro anos de idade, a unidade se tornou um novo lar para as duas até 2015. Foi neste ano que ela recebeu alta do tratamento.
Mariele ainda faz acompanhamento, mas está cada dia mais próxima da cura definitiva.
“Quando cheguei na Casa Ronald McDonald, não imaginava o que estava vendo, eu não tinha ideia que seria um lugar com todo suporte e estrutura como aquele” – Marlene Costa