Engajamento ou participação? Saiba como estimular sua rede de voluntários

O trabalho voluntário, quando aplicado a empresas, exige um cuidado com a divisão das atividades, os deveres e, principalmente, a organização do tempo. Isso porque, em grande parte dos casos, o Programa de Voluntariado caminha paralelo às funções de trabalho. Entretanto, como já falamos aqui no Blog, o trabalho voluntário, antes de ser voluntário, é trabalho. Portanto, para alcançar as metas estabelecidas no projeto é essencial manter o alinhamento da equipe e o compromisso de realização.  

Neste caso, a questão perpassa pelo vínculo empregatício entre empresa e funcionário, o que gera entraves burocráticos que demandam uma maior atenção. Inclusive, pode ser um fator de influência no engajamento e – às vezes – resultar apenas em participação, ou, uma participação compulsória.

 

Mas os dois não são a mesma coisa?

Não. Os dois termos são facilmente confundidos ou usados como sinônimos, mas há diferenças efetivas entre eles. Para as empresas, essas diferenças incidem de forma estrutural no que diz ao envolvimento dos funcionários no projeto, e também no objetivo da empresa enquanto agente social.

Por isso, o recomendável é que esse limiar seja constantemente revisitado e analisado alinhando os objetivos internos e externos do projeto. Para que ambos os conceitos de envolvimento estejam definidos e nenhuma ação seja confundida com uma obrigação profissional desestimulante.

Para isso, vamos compreender sob a lógica empresarial o que é engajamento e o que é participação, e porque a taxa de sucesso do seu empreendimento deve ser medida a partir de um deles.

 

Participação x engajamento

De acordo com o dicionário, participar significa:

“Fazer saber, comunicar, anunciar; tomar parte em; associar-se pelo sentimento, pelo pensamento; solidarizar-se com.”

Já engajamento é o ato de se engajar, que significa:

“Verbo na língua portuguesa, referente ao ato de participar de modo voluntário para algum trabalho ou atividade. O verbo engajar ainda pode ser utilizado no sentido de dedicação, ou seja, fazer algo com afinco e vontade.”

Embora parecidos, o primeiro diz respeito apenas ao ato de estar ali, fazer parte, integrar. Não necessariamente tomar para si ou defender. Essa característica está mais associado ao engajamento, que envolve dedicação, prazer e, sobretudo, fidelidade.

Sendo assim, ao pensar um projeto de ações busque sempre o engajamento dos participantes. Assim, é uma das formas mais prováveis de que, individualmente,  cada voluntário se dedique envolver outras pessoas no projeto. Além disso, a natureza do trabalho promove uma sintonia do indivíduo com ele mesmo e com a empresa. O que, em geral, propicia experiências significativas que motivam boas atitudes no ambiente tradicional de trabalho.

 

Vise qualidade e não quantidade

Estabeleça estratégias que valorizem o envolvimento de maneira completa e permanente. Para isso, não deixe de:

    • Trabalhar feedback. Proponha periodicamente dinâmicas de avaliação do Programa, das atividades, dos deveres e das obrigações do voluntário;
  • Motivar equipes para serem referências. Como já comentamos aqui, a experiência individual é o melhor instrumento para mobilizar outras pessoas. Sendo assim, valorize as equipes que se comportam como exemplos.
  • Promover encontros motivacionais. Espaços internos de compartilhamento de experiências ou até mesmo de imersão é uma incrível fonte de inspiração.
  • Expandir sua rede. Promova uma comunicação convidativa e informativa de cada passo do projeto para que todos tenham acesso e sintam-se próximos e motivados a integrar.    
  • Manter participantes engajados. Embora aumentar a rede seja um importante passo, manter a já construída é ainda mais. Assim, gaste energias e recursos para manter os voluntários atuais bem conectados.     

E aí, qual é o próximo passo a tomar para sua equipe?